segunda-feira, 30 de novembro de 2020

«Armazém Central»


Centrada no quotidiano de uma aldeia do Quebeque, Armazém Central é uma das mais belas séries de banda desenhada alguma vez publicadas, Iniciada em 2005 , os três primeiros álbuns foram publicados em Portugal pela Leya/Asa. Saem agora, com atraso, os tomos quatro e cinco reunidos num único álbum (critério discutível): Armazém Central – Confissões e Montréal, por Régis Loisel e Jean-Louis Tripp, Arte de Autor, Estoril, 2020.

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sábado, 28 de novembro de 2020

"Toma lá 500 paus e faz uma BD"


 Concurso promovido pela Chili com Carne, este ano distinguiu Rodolfo Mariano, com Bottoms Up, romance gráfico acabado de publicar. Depois de uma longa viagem, o Simão chega finalmente à grande cidade cheio de sonhos e motivação para vencer na sua nova vida.” Sim, e então?... É o que tentaremos ver numa das próximas semanas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Barelli, 70 anos


Criado há 70 anos por Bob de Moor (1925-1992) para a revista Tintin, Georges Barelli é um actor que se vê frequentemente em situações perigosas. O autor foi um lugar-tenente da linha clara de Hergé, o que diz muito, mas é insuficiente. Assinalando e efeméride, editora belga BD Must reeditou um pack com todos os sete álbuns das suas aventuras, mais extras.

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

uma rapariga estranha



Série iniciada em 1979 na revista francesa Circus, publicada pela editora Glénat, de Grenoble, logo granjeou a melhor atenção de público e crítica, sendo o autor, François Bourgeon (Paris, 1945) distinguido no ano seguinte com o Prémio “Alfred” (o pinguim de Zig e Puce) para melhor desenhador, no Festival de Angoulême. Os Passageiros do Vento revelam no mesmo autor o melhor que uma BD pode oferecer: um argumento consistente, um estilo rico, cheio de recursos e o modo criativo e dinâmico como a conjugação de texto e desenho se harmonizam numa prancha, processo que está para a BD como o enquadramento e a montagem estão para o cinema.

O tempo é o último quartel do século XVIII, pouco antes da Revolução Francesa; o espaço é o Oceano Atlântico, com algumas analepses relativas ao percurso da protagonista, a partir daqui uma figura icónica, personagem inesquecível da BD global. A Rapariga no Tombadilho é o primeiro de uma série de cinco álbuns publicados até 1984. A capa mostra-nos uma jovem e estranha mulher empoleirada à noite e à chuva no cordame dum barco que se adivinha de grande porte – uma forte imagem de apresentação duma nova BD. A bordo do “Foudroyant”, embarcação de 74 canhões da Marinha Francesa, capitaneado por Benoît de Roselande, um aristocrata pouco competente como marinheiro, duas jovens mulheres vão resguardadas da tripulagem, até serem avistadas fortuitamente por um grumete bretão, o rapaz Hoël. Agnes e Isa, duas aristocratas, uma rica outra pobre, a segunda acompanhando a primeira, não são quem dizem ser, mas estão amarradas a uma falsa identidade, por uma brincadeira que correu mal. A vítima e heroína é Isabeau, a rapariga da capa, insurrecta, aprendeu a usar de toda a manha, violência, argúcia e dissimulação que lhe permita sobreviver num mundo de homens, em que da mulher se espera apenas o exercício das funções de fêmea. Mas Isa não tem nenhuma dessas vocações, pelo contrário, é libérrima, o que dará ensejo ao autor de enveredar por um erotismo à época transgressor, embora elegante.

Um dos grandes méritos de Bourgeon é a forma como encaixa a informação histórica na narrativa, a erudição com que emprega os termos técnicos de navegação, não apenas no nomear de tudo o que compõe um grande veleiro de guerra, como também as manobras navais, incluindo táctica de combate. A informação flui com naturalidade, e é assim que podemos perceber as tensões sociais que anos mais tarde iriam desembocar na violência revolucionária dos sans-culottes, do povo-miúdo, ou o mundo antagónico que opunha tradicionalistas e iluministas, nos diálogos e picardias travados entre o capelão e o médico de bordo.

Bourgeon trabalha numa sequela centrada numa descendente de Isa, que já aqui noticiámos. Os Passageiros dos Vento é uma série cuja presença é imprescindível numa biblioteca essencial de banda-desenhada.


Os Passageiros do Vento – 1. A Rapariga no Tombadilho

texto e desenhos: François Bourgeon

edição: Meribérica / Liber, Lisboa, s.d.

domingo, 22 de novembro de 2020

«Balada para Sophie»


 

Um concurso de jovens pianistas, oriundos da mesma localidade, um de família rica, outro filho dum funcionário modesto, cruzam-se pela primeira vez em 1933, num concurso de jovens talentos, em que apenas um foi premiado. Em 1997, uma jornalista entrevista o primeiro, tecendo uma narrativa com a presença dum espectro tornado rival 64 anos antes. Texto de Filipe Melo – também pianista de jazz – e do argentino Juan Cavia. Edição Tinta da China, Lisboa, 2020.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

«Umbra» #2

 


Segundo número da publicação periódica pela editora do mesmo nome, com quatro histórias de fantasia e realidades alternativas: “O coração atómico de Jan”, do canadiano Simon Roy; «Camping Gás», de Pedro Moura, Filipe Abranches e Bárbara Lopes; “Duas espadas”, de Pedro Moura e Jorge Coelho; e “Os pesadões”, com nova legendagem, do malogrado Fernando Relvas (1954-2017).

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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Pratt

 


Os Escorpiões do Deserto é outra série maior de Hugo Pratt, iniciada em 1969, logo após Corto Maltese. Apesar de reminiscências pessoais, familiares e dum precário domínio italiano em África, o relato é feito por Koinsky, um oficial polaco a combater com os ingleses. A Ala dos Livros está a publicá-la em três volumes, tendo saído o segundo, incluindo Um Fortim em Dancália e Conversa Mundana em Mulhoule.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

uma outra montanha mágica


 

Recém-chegado de uma ilha ignota a uma cidade sem nome em busca de trabalho, Mafaldo Limparrim encontra colocação como penteador de manequins numa discreta loja de miudezas, à Rua dos Parâmetros Assertivos. O dono passava a maior parte do tempo na vilória do Poço Novo, numa encosta de montanha, da qual se dizia os ares serem pouco saudáveis. Quando Mafaldo vai de encontro ao patrão à cata de instruções, começa também uma viagem de eléctrico por um novo mundo que os quadradinhos portugueses até agora ignoravam, ciceroneado pelo lápis e pelas palavras de Paulo J. Mendes (Porto, 1965), autor e fanzinista durante 30 anos afastado da BD, mas não desligado das artes visuais, e cujo gosto retomou quando mão amiga fez chegar umas quantas novelas gráficas, género consagrado principalmente por Will Eisner.

Na apresentação, Mendes dá-nos o grande plano da narrativa: “Um território imaginado de contornos perfeitamente definidos, um punhado de situações surrealistas, e algumas peripécias vagamente baseadas em vivências reais, tudo temperado pelo gosto por paisagens e arquitecturas pitorescas, arte sacra e talha barroca, os eléctricos desde sempre acarinhados e sem esquecer a evocação, transpondo para o plano da fantasia, duma fascinante e estranha capela perdida – sim, existe mesmo – enigmática e quase tumular, com a qual tinha dado de caras há uns anos a percorrer certas serranias do Alto Minho.”

Mafaldo sobe de eléctrico (em vez de descer…) ao Poço Novo, tímido e receoso dos tais maus ares, pois quem de lá vem chega sempre num estado alterado de consciência, o que não é de admirar, já que nessa vila come-se bem (favas com chicória é o prato típico) e bebe-se melhor (o célebre “licor garganta”, do pároco); além disso, em cada esquina um amigo, e na porta em frente a possibilidade de uma cama com companhia. É todo um novo patamar de relacionamento humano que se abre ao protagonista, Hans Castorp virado do avesso sem divagações sobre o Tempo ou colóquios de filosofia política.

O Poço Novo é uma espécie de paraíso terreal de que as autoridades se esquecem; o lugar dá-se bem sem a autoridade. Não obstante, os seus representantes acabam por ser compelidos à vez pelo grupo de pândegos a conhecerem o que vale a pena. “Salsicho” o autarca, os soberanos Gelásio e Purgantina e o próprio pontífice Dligberto, cada qual em seu eléctrico (popular, real ou papal) rumo àquele torrão edénico parado no tempo. Mas o melhor achado é Atrofiel, o anjo-da-guarda estagiário recolhido na igreja de S. Barnabilro, que se empenha com pundonor em assegurar a felicidade de Mafaldo, pese embora a falta de competência.

O penteador é um delírio a ser lido, um microcosmos pessoal, um osso que o autor não deveria largar.


O Penteador

texto e desenhos: Paulo J. Mendes

edição: Escorpião Azul, Lisboa, 2020

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domingo, 15 de novembro de 2020

Ellis Island

 


Porta de entrada dos imigrantes europeus nos Estados Unidos da América, para alguns barreira inultrapassável e de recambiamento. Uma abordagem tão crua como esplêndida, num álbum a que dedicaremos mais atenção. Tomo 1, Bievenues en Amérique!, texto de Philippe Charlot, desenhos do polaco Miras. Edição Grand Angle, 2020.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Karmela Krimm


 

Outra série que começa, com argumento do consagrado Lewis Trondheim e desenhos de Franck Biancarelli. Karmella Krim era uma promissora agente policial em Marselha, até que um incidente grave envolvendo um figurão local resultou em despedimento. Karmela não se afasta da cidade nem do crime, tornando-se detective particular. Tomo 1: Ramdam Blues, edição Le Lombard, Bruxelas, 2020.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

quadrinhos contra o preconceito


 Jeremias, o menino negro da Turma da Mônica, objecto de releitura na colecção “Graphic MSP”, como tem sucedido com as restantes personagens de Maurício. Nova edição de um livro publicado em 2018, texto de Rafael Calça, desenhos de Jefferson Costa, mostrando as adversidades por que passa Jeremias – e com ele todas as crianças na mesma situação –, devido à cor da pele, e de como a ultrapassou. Jeremias – Pele, Panini, São Paulo, 2020.

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terça-feira, 10 de novembro de 2020

um ícone gaúcho


 

O local encerra o universal. Jorge Amado, o mais universal dos escritores em língua portuguesa, fez com que a Baía e o seu povo fossem apreciados por leitores de todos os azimutes, um marinheiro de Sebastopol, um surfista de Queensland ou uma secretária de Turim, por exemplo. Quando pegamos numa personagem como Macanudo Taurino Fagunde, gaúcho da campanha, com um rebenque (chibata de couro) numa mão e uma cuia com chimarrão na outra e largo poncho vestido, podemos experimentar dificuldades numa primeira leitura. Mas não será por isso, com um dicionário à beira de um clique, que nos afastará desta personagem hilariante, num português brasileiro contagiado por castelhanismos.

Neltair Rebés Abreu (Santiago, 1950), adoptou como nome artístico o topónimo da cidade natal, perto da fronteira com a Argentina. Criado em 1976 e publicado pelo jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre, como comentário à actualidade, o Macanudo mostra de onde vem, não apenas pela indumentária como pela aparência, inspirado na figura do grande folclorista gaúcho Paixão Côrtes e pelos conhecidos e familiares do autor: um tio característico, uma reminiscência de infância ou uma personagem popular. Daí que a abordagem de Santiago a Macanudo e companhia pelo humor seja benévola, mesmo quando crítica. Taurino é um anti-herói boa praça nado e criado por entre o gado (o Brasil é o maior produtor mundial de bovinos), simplório, inculto, terra-a-terra, tradicionalista pouco afeito a modernices. Pode sair da pampa mas a pampa não sai dele… Com um traço ágil, lembrando o de Augusto Cid, Santiago retrata a sua criatura com profunda empatia, pois, no fundo, está a falar dos seus, da sua gente. Se o humor nesta colectânea de tiras e cartoons é distendido e bonacheirão, subjaz-lhe também uma subtil crítica aos poderes instituídos, em especial o militar. Recorde-se que uma parte deste trabalho foi elaborado durante os 21 anos de ditadura (1964-1985). E depois há a miséria, a desigualdade, e o desinteresse, a invisibilidade da pobreza demasiado presente. João Cabral de Melo Neto lembrou que na década de 1940 as senhoras do Recife faziam camisolinhas para a Índia, quando a esperança média de vida ali era superior à de Pernambuco.

Dois cartoons em páginas contíguas demonstram diferentes maneiras de fazer humor com o problema da terra e dos latifúndios: uma família “favelada”, esquálida, é rodeada por um agrário, capangas, armamento ligeiro e pesado, justificando-se ao atarantado delegado que estava a sentir-se ameaçado – um registo muito à Quino, aqui fica a homenagem. Na página ao lado, o latifundiário tem quase uma apoplexia quando ouve o papagaio palrar “reforma agrária”, indignado com a “bandalheira” que haviam ensinado ao bicho, enquanto o Macanudo faz cara de anjo. É deste equilíbrio, entre o estereótipo e o humor mais crítico, que Santiago torna o seu Macanudo Taurino Fagunde um boneco com especial relevo.


O Melhor do Macanudo Taurino

texto e desenhos: Santiago

edição L&PM, Porto Alegre, 1997

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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Mademoiselle J.


 

Uma das melhores BD’s lidas este ano, de que falaremos com pormenor em próximas semanas. A acção decorre em Paris, em 1938, não apenas no conhecido quadro de tensão europeia que desembocaria em guerra no ano seguinte, mas também durante a exposição universal que a cidade-luz acolhera nesse ano. Como protagonista uma jovem estagiária de jornalismo. O argumento é de Yves Sente (Blake e Mortimer, Thorgal, XIII) e os desenhos de Laurent Verron (Boulle e Bill). Mademoiselle J – Je ne Me Marierai Jamais, edição Dupuis, Marcinelle, 2020.

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domingo, 8 de novembro de 2020

«Ermal»


Com o quarto livro, intitulado Ómega e Alfa termina esta série aliciante da autoria de Miguel Santos, em que, num exercício de “história alternativa”, após um enfrentamento nuclear entre Estados unidos e União Soviética no solo europeu, o 25 de Abril nunca teve lugar e Angola, ou melhor dizendo, a “Cidadela” (Luanda), passa a ser o centro de operações de um império desarticulado. Edição Escorpião Azul, Lisboa, 2020.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

uma bruxinha e o seu gato

 


Pepper é uma feiticeira adolescente e tem um gato, Carrot, que a acompanha nas aventuras num mundo encantado, com castelos, poções, dragões e outros seres imaginários. Para crianças e para que não se esqueceu de sê-lo. Pepper & Carrot – Vol- 1, de David Revoy, edição FA, 2020.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Tex, um amigo dos índios


 

O livro de hoje fala-nos de um herói conhecido pela sua amizade e solidariedade para com os índios. É inclusivamente chefe honorário dos navajos, que chamaram “Aguia da Noite”. Trata-se de Tex,, membro dos Texas Rangers, série italiana criada em 1948 pelo argumentista Gian Luigi Bonelli (1908-2001) com desenhos de Aurelio Galleppini (1917-1994). Dezenas de argumentistas e desenhadores passaram desde então por aqui, italianos na maioria, mas também outros para lá da bota, como Joe Kubert, Colin Wilson, Jesús Blasco, Victor de la Fuente ou Jordi Bernet.

Tex nem sempre teve entre nós a difusão que hoje conhece. Chegava em revistas brasileiras de pequeno formato, a preto e branco, sem o atractivo dos westerns franco-belgas, publicados a cores e em álbum. Para o jovem leitor de há 40 anos, pareciam-se com aquelas edições uma bocado manhosas da Agência Portuguesa de Revistas. As coisas começam a mudar a partir de 2006, graças à criação do “Tex Willer Blog”, mas passariam ainda três anos até que uma primeira edição portuguesa ocorresse: Tex Contra Mefisto (de Bonelli e Galleppini),

Capitan Jack, de Tito Faraci (Galarate, Varese, 1965) e Enrique Breccia (Buenos Aires, 1945), cujo apelido evoca o seu pai, Alberto (1919-1993), um dos criadores de Mort Cinder, um marco da BD mundial, é o último volume publicado pela Polvo na colecção “Tex – Novela Gráfica”. O argumento de Faraci é linear: a acção passa-se entre 1872 e 1873, centrado na rebelião dos índíos Modocs, pequena tribo localizada na fronteira entre a Califórnia e o Oregon, caçadores, guerreiros e também traficantes de escravos. Ludibriados pelas autoridades, são colocados numa reserva com uma tribo adversa e mais forte, até que o chefe Kintpuash, também conhecido por Capitão Jack, se subleva e acantona nas Lava Beds, inexpugnáveis formações geológicas tornadas entretanto monumento nacional. Este é o fundo histórico em que Tex intervém, com os tradicionais ingredientes de bravura ou traição, narrativa fluida, cuja maior originalidade será a de pôr em campo uma tribo que não costuma aparecer. O episódio foi contudo trágico, e está incluído na relação das Guerras Índias (1865-90). Tex é uma personagem plana, sem grandes estados de alma ou contradições; herói sem mácula, neste particular uma espécie de Lone Ranger (O Mascarilha) desvelado.

A arte de Enrique Breccia é plena de virtuosismo, com um dinamismo fulgurante nos vários planos que cada vinheta assume em função da narrativa. Os detalhes são ricos e um regalo para os olhos. Pormenores como folhas caindo sempre que a acção se desenrola perto do bosque que circunda uma quinta onde tudo começa, dão uma intensidade e um pathos que não se esquece. A expressividade dos traços fisionómicos é assinalável, embora por vezes nos pareça que Breccia carrega as tintas.


Tex – Capitan Jack

texto: Tito Faraci

desenhos: Enrique Breccia

edição: Polvo, Lisboa, 2018

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Barba Ruiva

 


O flibusteiro que comanda o “Falcão Negro”, personagem mítica da pirataria desenhada, criada em 1959 por Jean-Michel Charlier e Victor Hubinon para a revista Pilote, está de regresso e em maus lençóis, na companhia do filho adoptivo, Eric, Três-Pernas, o poliglota, e Baba, um colosso negro. Todos os conhecemos, no original ou através da paródia que deles fizeram Goscinny e Uderzo. Les Nouvelle Aventures de Barbe-Rouge – Pendu Haut et Court, texto de Jean-Charles Krahen, desenhos de Stefano Carloni, Dargaud, Paris, 2020.

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