Em 1765 um cruzeiro surgiu vandalizado e a hierarquia da Igreja exigiu um responsável. Este foi encontrado na pessoa do Cavaleiro de La Barre, um livre-pensador apontado por não se descobrir à passagem de uma procissão. Numa rusga aos seus aposentos foram encontrados três livros proibidos de Voltaire. Outras provas não foram necessárias para que fosse condenado por impiedade, executado por decapitação e o corpo queimado. Voltaire tentou reabilitá-lo, mas tal só sucedeu depois da Revolução. La Barre tornou-se um símbolo da laicidade e da liberdade. Isto passa-se na mesma altura em que o grande Voltaire (1694-1778) recebe o seu biógrafo, passando em revista a já longa vida que lhe coube. Voltaire – Le Culte de l’Ironie, texto de Philippe Richelle, desenhos de Jean-Michel Beuriot, edição Casterman.
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