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quinta-feira, 19 de maio de 2022

de A a Z: J, de Joker (Bob Kane / Jerry Robinson e Bill Finger, 1940)



Arqui-inimigo de Batman e sua perfeita némesis, louco ou psicopata, génio do mal, provoca calafrios aos leitores, pois é difícil outro vilão assim. O filme de Todd Philips com o desempenho de Joaquin Phoenix, guindaram-no definitivamente a personagem maior.

«Leitor de BD»

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

de A a Z - Batman (Bob Kane & Bill Finger, 1939)




Ver os pais assassinados or ladrões de rua: mais do que vingança Bruce Wayne, nascido em berço de ouro, quer tirar desforço do maldito acaso. Alfred é o mordomo que funciona quase como ump tutor, Gordon é o comissário impoluto mas complacente. O milionário playboy esconde o magnífico Batman, único, inigualável. Homem-morcego, actua de noite e o seu vislumbre inflige o pavor a bandidos semelhantes aos que o deixaram órfão nessa Nova Iorque negra que é Gotham City. Por isso, os inimigos de Batman estão para lá destes assalta-becos, pilha-galinhas urbanos; são criaturas hórridas – Joker, o Pinguim... –, inquilinos do asilo Arkham, expressões de terror simétricas dessa permanente cicatriz que deambula no breu dos arranha-céus.

Citação: «Batman é maior do que a soma dos seus ilustradores.» Jacques Sadoul, 93 Ans de BD (1989) – referindo-se a Kane, Adams, Miller, Wrightson e todos os outros.

«Leitor de BD»

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

BDteca: Alan Moore & Brian Bolland, BATMAN -- A PIADA MORTAL (1988): cara e coroa

          Os super-heróis aparecem nos anos 30, como reflexo da ausência de resposta satisfatória das autoridades à criminalidade. Espécie de vigilantes mascarados, operam ao lado ou à margem da lei, perseguindo delinquentes aterrorizados, o que lhes dá uma aura no imaginário popular com a qual um Dick Tracy não pode competir.
            Batman pertence a esse universo, mas tal como os seus colegas mais interessantes (Fantasma, Homem-Aranha, Demolidor) é demasiado humano. Em A Piada Mortal / The Killing Joke (1988), Alan Moore foge ao modelo maniqueísta do herói vs. vilão: o Joker, arqui-inimigo e personagem central desta história, ganha o estatuto de uma espécie de duplo do homem-morcego, cara e coroa de uma mesma moeda. Narrativa impecável, flui em dois planos: o da actualidade – a fuga do Asilo Arkham e a perseguição levada a cabo pelo caped crusader, em que o Joker faz todo o mal para ser encontrado; e uma acção pretérita que nos conta a origem do criminoso, presenciada pelo Batman. À subtileza do argumento junta-se o desenho superlativo de Brian Bolland: nunca o Joker pareceu tão horrível e tão frágil; e o Batman, saído há 80 anos do lápis de Bob Kane, está terrivelmente espectral, ao nível dos melhores artistas que o serviram, a começar por Neal Adams. (Editora Abril, São Paulo, 1988.)