The Katzenjammer
Kids / Os Sobrinhos do
Capitão surgem em 1897 no New
York Journal. William Randolph
Hearst, magnata da imprensa, cometera a Rudolph Dirks (1877-1968) a
criação de uma série inspirada no livro de infantil de Wilhelm
Busch, Max und Moritz (1865).
Quando mais tarde Dirks se passa para o grupo do rival Joseph
Pulitzer, levando as personagens consigo, Hearst contratou Harold
Knerr (1883-1949) como substituto. E assim, dois jornais concorrentes
publicavam ao mesmo tempo e com o mesmo título as tropelias das mesmas personagens,
mas com autores diferentes – uma proeza digna de Hans e Fritz, os
dois sobrinhos... Em
tribunal, o juiz permitiu que ambas continuassem, mas obrigou Dirks
a mudar o nome, e The Captain and the Kids
ficou.
«Uma verdadeira
saga de destruição», escreveu o crítico brasileiro Marco Aurélio
Lucchetti na introdução a este livro de páginas dominicais saídas
entre 1957 e 1960, da autoria de Joe Musial (1905-1977). Cada página
com Hans e Fritz, Dona Chucrutz, a mãe, o Capitão e o Inspector é
um atentado à tranquilidade dos últimos, dois aposentados, com
doses equilibradas de estupidez e maldade. Bem sucedidos muitas
vezes, noutras os rapazes não se livram de uma tareia à antiga. O
êxito deve-se ainda ao exotismo do cenário – palmeiras e
coqueiros são omnipresentes –, situado numa colónia alemã da
África Oriental, onde não faltava um régulo sabido e, no original,
um inglês arrevesado com alemão, que exponencia o cómico das
situações. Com ingredientes politicamente letais, a série perdeu
espaço na América de hoje, terminando em 2006.
Os
Sobrinhos do Capitão
texto e desenhos:
Joe Musial
Editora Oprea
Graphica, São Paulo, s.d.
Sem comentários:
Enviar um comentário