terça-feira, 22 de junho de 2021

Beethoven, ainda a tempo


 O bicentenário já foi, mas Ludwig, por ter sido tanto do seu tempo, e rompido todos os cânones, o tempo só passa por si, porque Beethoven permanece, haja gente com ouvidos. O alemão Mikael Ross (Munique, 1984) procedeu, com personalidade autoral, a uma recriação da infância deste neto de compositor, filho de alcoólico endividado e aproveitador do precoce talento da criança. Um génio assertivo, revoltado, um revolucionário da música, um artista maior do que a vida, e ciente de tudo isso. Já nada tinha que ver com Haydn, seu mestre, empregado do príncipe Esterházy com estatuto de cozinheiro, nem tolerava à sua frente as vénias de Goethe até ao chão por qualquer barão. Ludwig et Beethoven, edição Dargaud, Paris, 2021.

«Leitor de BD»

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